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Após licença-maternidade, Joyce Ribeiro volta ao jornalismo do SBT e sonha com revista cultural

sábado, 26 de janeiro de 2013
 
Joyce Ribeiro nasceu em São Paulo e é jornalista. Muita gente acompanha o seu trabalho no Jornal do SBT, mas poucos sabem que a moça, desde que escolheu sua profissão, sempre esteve ligada em notícias e já engrenou, mesmo antes de terminar a faculdade, em uma equipe de produção, onde estagiava e ajudava nas pautas e na produção, no Canal da Legião da Boa Vontade (LBV).

Tempos depois, buscando mais horizontes, atuou como repórter na RIT (Rede Internacional de TV), passou pela Record Internacional e depois chegou ao SBT.

Em conversa com O Fuxico, Joyce falou sobre sua profissão e sobre sua maior descoberta: "Ser mãe é uma das melhores coisas da vida!", diz ela, que em fevereiro volta a dar expediente no SBT, após a licença matenidade.

O Fuxico: Você começou sua história como jornalista na LBV?
Joyce Ribeiro: Sim, eu entrei como estagiária e passei por varias produções de programas, não de jornal no começo. Fiz um programa de cultura por bastante tempo. Fiquei dois anos por lá. Participava de pautas da produção, aí fui para a rua ser repórter e no final apresentei uma revista cultural. Passei por várias áreas, estava quase me formando e já aprendendo na prática. Tudo isso foi fundamental, pois tive a sorte do meu primeiro trabalho já ser em TV. Era uma emissora super pequena no começo, as que me ensinou muito. Para eu conseguir o que queria, chegar onde estou, foi de extrema importância.

OF: Depois disso, como foi para a RIT?
JR: Queria mais, e corri atrás. Apresentei na RIT um telejornal primeira vez lá. Era no formato de canal de notícia, informativos de hora em hora, com 10 minutos de apresentação por vez. No tempo em que esperávamos para entrar no ar outra vez, montava o próximo jornal e apresentava, no período que trabalhava. Era editora de internacional também. Comecei vendo como funcionava na real. Naquela época tudo muito rápido, hoje mais ainda. Peguei o começo da internet, minuto a minuto, tudo transmitido quase ao mesmo tempo. Foi um exercício ótimo, ver como era a pratica. Foi lá que tive a certeza de que queria fazer bancada, noticiário diário. Me encontrei!

OF: Na Record, você começou no Fala Brasil, em 2002. Como foi parar por lá?
JR: Fui atrás de novo. Estava há 2 anos na RIT e queria outras possibilidades, chances de ir para uma emissora maior. Fui cavar, vendo onde poderia me apresentar, levando meu material. Aconteceu de eu conseguir uma chance na Record. Consegui fazer um teste lá. Na RIT passei 2 anos fazendo bancada ao vivo, já sabia fazer. Fui fazer teste para repórter na Record e me testaram como apresentadora também. Aí, me chamaram para cobrir férias para apresentação no Fala Brasil. Foi a primeira vez que fiz um jornal de rede, que as pessoas me viram e comecei a trabalhar em uma emissora grande. Acabei ficando, me incorporaram e fiquei um tempo apresentando o Fala Brasil. De lá fui fazendo outras produções na Record, fiz reportagem, fiz Record Internacional, com programa de variedades e cultura para brasileiros que trabalham fora do país, e notícias, que era o Record News. Fiquei quase 3 anos na Record, sendo 1 ano e meio na internacional. Como estava fazendo um trabalho que atingia mais fora do país, sentia a necessidade de fazer coisas aqui no Brasil. Fui buscar novamente.

OF: Foi aí que você foi contratada pelo SBT?
JR: Isso. Meu diretor da Record passou a trabalhar SBT e me convidou para ir para lá. Ele estava reestruturando o departamento de jornalismo. Quando aconteceu uma reformulação do jornalismo, passei a fazer o SBT Brasil, que está no ar até hoje e que apresento eventualmente. Logo na minha chegada no SBT, apresentei o Jornal do SBT Manhã, fiz junto o SBT Brasil nas folgas da Ana Paula Padrão. Desde então já fiz vários projetos. Agora estou de licença, mas antes estava com os boletins de noticia, quando entramos no ar cada vez que há algo muito importante acontecendo.

OF: Com esses boatos que circulam sobre renovações de contratos do SBT, dá um pouco de receio?
JR: Olha, estou lá há 7 anos, sempre renovando meus contratos, anualmente. Óbvio que sou contratada e isso foge da minha alçada. Mas eu sou bastante confiante com o que temos produzido. Hoje em dia tudo é muito mais rápido e a estabilidade em todas as profissões fica cada vez mais rara. Quando você se propõe a se inserir nesse mercado, tem que estar preparado pra tudo, por isso buscamos nos adequar sempre. O meu dever de hoje é dar continuidade ao que tenho feito lá e acredito que deva ser por um bom tempo, por ambas as partes. O mercado é pulsante, vibrante e não dá para ficar parado, não se pode ser profissional que não esteja aberto a mudanças. Se não fosse assim, eu não teria participado de tantos projetos do SBT. Em 7 anos, participei de 7 projetos, 1 por ano. Minha vontade é acertar, fazer um projeto que ficará por bom tempo no ar.

OF: Como seria?
JR: Estou nessa busca, ainda não aconteceu. Quero assumir uma bancada e ficar anos, afinando vínculos com quem está assistindo. Às vezes precisaria de um tempo a mais para isso se estreitar e quando isso é interrompido, a gente quer caprichar bastante, sem contar a instabilidade na carreira. Você emenda um trabalho no outro e vai. Sou otimista e vou pegar um projeto que vai perdurar mais. O que chegou mais próximo, mais perto disso, que eu desenvolvi, foi SBT Manhã. Fiquei um bom tempo lá, na apresentação, no bloco de cultura. Foi o que teve uma continuidade maior. E o SBT Brasil que faço em momentos alternados.

OF: Você já tem esse projeto montado?
JR: Quero fazer um programa onde tenha jornalismo cultural, música, cinema, assunto que já escrevi um tempão em revista. Quero um programa que siga essa linha, essa coisa de cultura. Tenho um projeto assim que quero emplacar nos próximos anos.

OF: Quando volta de licença maternidade e como é a mamãe Joyce?
JR: Ah, essa é a maior experiência da minha vida. A mais forte que vivi em toda minha vida. Muitas mulheres me falavam muito que não tinha vivido nada igual, que é um amor sem tamanho que tomaria conta da minha vida. Quando a gente vive isso, quando se torna mãe, aprende que é mais que tudo que ouvi ate hoje. É Maravilhoso, esperei muito, adiei muito por conta de profissão, carreira, esperava o melhor momento. Chegou o momento, foi ano passado, casada há 6 anos, o pai querendo muito, eu também queria e quando chega a hora, isso fala alto dentro de você. Foi uma gravidez abençoada, trabalhei ate uma semana antes dela nascer. Ela chegou e tudo foi certinho, gostoso. Vi que trabalhar grávida é possível, que a gravidez está inserida em nossa vida. Estou felicíssima. Volto ao trabalho em fevereiro, com saudade de tudo e muita vontade de voltar.

OF: Você amamenta?
JR: Amamento, exclusivamente! Estes dias ela começa com suquinhos e algumas coisinhas. Quando voltar a trabalhar vou amamentar em horários diferentes e vou ver como ela vai responder. Mas trabalhando a noite, poderei amamenta-la de manhã e a tarde e quando voltar a noite, amamento de novo.

OF: Como foi o começo da amamentação para você?
JR: Não foi fácil. Nunca falaram que seria difícil também (risos). Tem uma fase de adaptação, pois o começo não é fácil, nem sempre o bebê pega como deve. A criança aprende a mamar e você aprende a amamentar, é um ajuste que há. Muitas mulheres desistem, mas é a insistência que faz funcionar como se deve. É incômodo, dolorido no começo, mas tem que enfrentar a gente tem capacidade de passar por cima da dor e eles ficam ótimos com leite. Agora está tudo bem e é muito prazeroso.

OF: Maria Luiza está engordando?
JR: Nossa, está sim (risos). Está ganhando peso, se desenvolvendo bem. Só mamando está assim e perguntei ao médico no começo se ela não precisava de mais nada e ele me respondeu: ‘Se der mais algo ela vai virar uma bola’ (risos).

OF: Já dói saber que vai ficar longe dela por um tempo, para trabalhar?
JR: Dá aquele aperto no peito, mais da saudade que vou ter dela. Fiquei 5 meses afastada, me acostumei muito a cuidar e fazer tudo para ela. Mas estou com a sensação de missão inicial cumprida, que me dediquei, me larguei pra ela. Fiz com prazer, amor, dedicação. Vai ser difícil, mas importante pra nossa historia, então faz parte, deixo tudo engrenado, para ela ficar em seu ambiente, com suas coisinhas e ela vai ter que aprender ficar longe de mim e eu dela. Sei que vai ser cruel no começo.

OF: Já sabe com quem ficara Maria Luiza quando voltar ao trabalho?
JR: Vai ficar em casa. Estava trabalhando a noite e acho que será assim que vai continuar quando eu voltar. Então, trabalhar a noite será o período em que ela estará dormindo. Ficará poucas horas. Isso me favorece e me deixa tranquila. É diferente de sair cedo e voltar tarde. Isso meu trabalho me favorece. Vou dormir menos, mas já estou me preparado pra isso.

OF: Seu marido (Luciano Machado) é da área também?
JR: Não, ele é engenheiro civil e trabalha com obras. Viaja bastante, mas ele tem um horário mais regular. Pode ficar com ela. Ele quis tanto ser pai que é meio mãe também (risos). Gosta de cuidar das coisas, ajuda, fica bem com ela. Olha, ser mãe é um trabalho braçal, duro, pois você levanta, acaba de fazer uma coisa e volta a fazer outra, se não tem alguém pra ajudar é duro. Com ele, posso contar sempre!

OF: Acha quer mudou seu olhar para a programação de TV, agora que tem uma filha?
JR: Mudou um pouco e eu fico pensando, por exemplo, que nunca gostei de desenho animado e agora ela vai crescer e curtir. Me preocupo em saber o que é cada desenho e vou tentar barrar o que é ruim. Sei que vou ter que ficar mais ligada em canal de desenho, de filmes, historinhas. Agora vou mergulhar nesse universo por causa dela. Vou ter que entender.

OF: Para quem quer te acompanhar, você tem algum site?
JR: Tenho sim, é o www.joyceribeiro.com.br.

Fonte: OFuxico

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